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OZZY HOUSEL

  • gtak67
  • 8 de ago.
  • 4 min de leitura

São Paulo, 08 de agosto de 2025.


Caros(as) cotistas e parceiros(as),


Ozzy Housel

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O Rock in Rio de 1985 foi o primeiro festival de música de grande porte na América Latina, colocando o Brasil na rota dos grandes artistas internacionais. Nessa época, o país passava por uma grande transição. O fim do regime militar e a transição para a Nova República marcavam uma nova virada para o país. A eleição de Tancredo Neves pelo Colégio Eleitoral aconteceu durante o festival.


Queen, AC/DC e Iron Maiden promoveram momentos inesquecíveis, como o dueto icônico de Freddie Mercury com o público, cantando Love of My Life, ou Bruce Dickinson cantando The Number of the Beast pela primeira vez na América Latina.


Mas, algo que poucos sabem é que Ozzy Osbourne foi um dos primeiros grandes artistas a acreditar e confirmar sua participação no evento. Seu contrato, muito particular, continha uma cláusula que o proibia de comer pintinhos e morcegos no palco (muito antes da COVID!).


Ozzy morreu no mês passado aos 76 anos, apenas 17 dias após o seu show de despedida. O roqueiro britânico ajudou a fundar o heavy metal no final dos anos 1960 com músicas sombrias, riffs pesados e letras que exploravam o caos, o medo e o oculto. Sua vida também foi marcada por altos e baixos, uma montanha russa de excessos que, contra todas as probabilidades, se transformou em um grande legado.


No mês passado, na última edição da Expert, a maior feira de investimentos do mundo, organizado pela XP, Morgan Housel foi um dos principais palestrantes.


Ele ganhou reconhecimento global com o livro “A Psicologia Financeira”, onde explora como o comportamento e as emoções moldam nossas decisões financeiras, mais até do que o conhecimento técnico. Em nossa carta de setembro de 2020, escrevemos sobre os principais ensinamentos do livro.


Com uma escrita clara, provocadora e acessível, Housel conecta economia, história, filosofia e psicologia para explicar por que as pessoas — inclusive investidores profissionais — muitas vezes agem de forma irracional com dinheiro.


Irracionalidade?

Nos tempos atuais, a irracionalidade pode não vir apenas dos investidores. O Economic Policy Uncertainty Index (EPU), concebido por instituições acadêmicas de ponta norte-americanas, mede o nível de incerteza relacionada à política econômica, a partir da frequência de termos como “economic”, “policy”, e “uncertainty” em jornais e documentos oficiais.


O gráfico abaixo mostra o que aconteceu com esse indicador nos últimos anos.


Gráfico 1: Daily Trade Policy Uncertainty (7- day moving average)
Gráfico 1: Daily Trade Policy Uncertainty (7- day moving average)

É natural esperar que esse excesso de incerteza nas políticas econômicas também gerasse um incremento da volatilidade dos mercados, ou pelo menos um aumento da aversão ao risco dos investidores. Sim, o VIX, indicador de volatilidade do mercado de ações norte americano, teve um salto significativo em abril, mas vem caindo desde então.


Por aqui, o sinal também é parecido. A volatilidade do Ibovespa subiu em março e abril, mas já vem arrefecendo nos últimos meses. É fácil nos deixarmos levar por análises mais pessimistas sobre os impactos negativos das tarifas americanas nas exportações, na economia ou mesmo nas eleições presidenciais de 2026.


Narrativas alarmistas vêm e vão. Afinal, segundo o próprio Morgan, os pessimistas sempre parecem mais inteligentes que os, ingênuos, otimistas. O gráfico abaixo mostra como as volatilidades realizadas da bolsa americana e do Ibovespa vêm caindo nos últimos meses:


Gráfico 2: Volatilidade dos índices Ibovespa e do S&P 500
Gráfico 2: Volatilidade dos índices Ibovespa e do S&P 500

Isso significa que, para um investidor navegar no cenário atual, é necessário compreender que tomadores de decisão imprevisíveis como Ozzy, podem ter impactos significativos em preços de ativos de curto prazo. Porém, é importante se ter uma visão mais holística e fazer o tempo ficar a seu lado, como Morgan recomenda. Às vezes, a turbulência passa e a normalidade volta.


Uma breve pausa?

Seguimos acreditando que o principal determinante para os preços de ativos nos mercados recentemente, inclusive no Brasil, é o movimento do dólar no mundo. Mantemos nossa visão positiva para o dólar no longo prazo, porém, podemos voltar a ver um período no qual o dólar fica mais fraco no mundo, por conta de 1) diversificação de patrimônio e reservas, ainda concentrados em ativos americanos, 2) atividade econômica mais fraca nos Estados Unidos e 3) potencial corte de juros pelo banco central americano.


O gráfico abaixo mostra o desempenho do dólar no mundo comparado ao Ibovespa. Talvez, a volatilidade das últimas semanas tenha sido causada mais por uma valorização do dólar do que pesquisas eleitorais, sanções ou discussões sobre tarifas.


Gráfico 3: Performance do Ibovespa X performance do dólar no mundo
Gráfico 3: Performance do Ibovespa X performance do dólar no mundo

O dólar mais fraco permite que o fluxo de capitais global se espalhe para outras regiões, além dos Estados Unidos. Além disso, a economia brasileira parece ainda resiliente, mesmo com a SELIC em 15% ao ano. Os resultados das empresas que estão em nossa carteira seguem vindo, de uma forma geral. em linha ou melhores que o esperado, sustentando o preço das ações e permitindo que elas continuem pagando dividendos e recomprando ações.


Trump e Ozzy são expressões claras da imprevisibilidade. Ozzy deixou seu legado e Trump ainda busca o seu. A caneta de Trump com certeza pesa mais nos mercados que a palheta de Ozzy, o que ainda pode gerar períodos pontuais de volatilidade mais alta.


Esta preocupação, em nosso ponto de vista, tem feito com que investidores favoreçam decisões mais curto-prazistas em seus portfólios, o que cria distorções e oportunidades de investimentos.


Nosso Posicionamento

Dahlia Total Return: A alocação segue acima do neutro, concentrada em ativos brasileiros, principalmente ações. Mantemos posições ativas em bolsa, especialmente nos setores de bancos, energia elétrica e cíclicos domésticos.


Dahlia Macro Global: Seguimos comprados em ações dos Estados Unidos e de outros países desenvolvidos. Com o cenário mais positivo para emergentes, aumentamos a alocação em ativos locais, principalmente ações.


Dahlia Ações: Seguimos 95% comprados em ações no Brasil, em linha com o mandato do fundo. Não fizemos grandes alterações na carteira e seguimos posicionados principalmente em bancos, utilities e cíclicos domésticos.


Agradecemos a leitura, a escuta e a confiança,

Equipe Dahlia


+55 11 4118-3147
















CRÉDITOS FINAIS:

Imagem: Chat GPT

Gráfico 1: Economic Policy Uncertainty Index (EPU)

Gráfico 2: Bloomberg e Dahlia

Gráfico 3: Bloomberg e Dahlia


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