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Esperando no Outside

São Paulo, 11 de março de 2025.


Caros(as) cotistas e parceiros(as),


Esperando no Outside

Gabriel Medina chegou às Olimpíadas de Paris 2024 como um dos grandes favoritos ao ouro no surfe, mas sua jornada teve momentos de frustração e redenção. Na semifinal, disputada em Teahupo’o, no Taiti, o tricampeão mundial enfrentou o australiano Jack Robinson em um mar que não colaborou. As ondas estavam escassas, e Medina conseguiu surfar apenas uma, ganhando uma nota de 6.33. Robinson aproveitou a única boa onda disponível, encaixando um tubo que lhe rendeu 7.83. Sem novas oportunidades para reagir, Medina viu o sonho do ouro escapar por conta das condições adversas, em uma derrota frustrante, especialmente diante de seu talento.


No entanto, o brasileiro não se deixou abater. Na disputa pelo bronze contra o peruano Alonso Correa, o mar se mostrou mais generoso, e Medina brilhou. Com duas notas 7.77, ele somou 15.54 pontos, garantindo sua primeira medalha olímpica. A conquista teve gosto de superação, mas o momento mais marcante de sua campanha havia ocorrido antes, nas oitavas de final contra o japonês Kanoa Igarashi. Medina executou um tubo impecável seguido de um aéreo, garantindo a maior nota da história do surfe olímpico: 9.90. Ao sair da onda, ele saltou da prancha e ergueu o dedo em sinal de vitória, criando uma imagem eternizada pelo fotógrafo Jérôme Brouillet. A cena, com Medina suspenso em perfeita sintonia com a prancha, tornou-se icônica e um símbolo global dos Jogos de Paris.


Assim como Medina precisou esperar pacientemente pelas ondas certas, nos mercados financeiros também é essencial aguardar as melhores oportunidades. No Brasil, essa espera pode ser longa e desgastante, mas acreditamos estar próximos de um ponto de inflexão relevante. Três fatores sustentam nossa visão cautelosamente otimista: 1) nível atrativo de preços dos ativos brasileiros, 2) perspectiva de um dólar global mais fraco do que o antecipado, beneficiando países emergentes, e 3) início do novo ciclo eleitoral, que poderia estimular expectativas positivas.


Mas a taxa de juros ainda é muito alta!

Reconhecemos essa preocupação como legítima. Por isso, nosso posicionamento em ações e ativos de risco no Brasil está um pouco abaixo do habitual. Entretanto, destacamos um ponto relevante: os dividendos pagos pelas empresas brasileiras, somados à inflação projetada para os próximos 12 meses (que geralmente acompanha o aumento das receitas corporativas), já superam a taxa SELIC atual. E essa conta não considera recompras de ações (que adicionam 2-3% anuais em retornos) nem o crescimento real das receitas.


Além disso, estamos provavelmente próximos ao fim do ciclo de alta de juros. Historicamente, quando a taxa futura de cinco anos cai abaixo da SELIC, indica-se o término iminente do aperto monetário, com potencial queda futura. Esse evento pode ocorrer já em maio, quando o Banco Central pode anunciar o último aumento deste ciclo.

Mas quem será o comprador marginal?

Essa é outra dúvida frequente entre investidores: quem estaria disposto a comprar ativos brasileiros? Preferimos olhar esta questão por outro ângulo. Acreditamos que fundamentos sólidos (ou sua expectativa de mudança) precedem o fluxo, não o contrário. Preços atrativos e perspectivas de melhora na política econômica geralmente atraem naturalmente novos investidores.


Dados recentes da equipe de análise da XP mostram que fundos multimercados brasileiros ainda estão com baixa exposição ao “kit-Brasil”.


Além disso, investidores estrangeiros também reduziram significativamente a participação relativa do Brasil em suas carteiras globais. O gráfico abaixo mostra o % do valor de mercado das empresas no Brasil em relação ao mundo, incluindo e excluindo os Estados Unidos.

Mas os lucros serão revisados para baixo!

Essa é outra dúvida frequente entre investidores: compartilhamos parcialmente desta preocupação. De fato, há incertezas sobre a atividade econômica brasileira no curto prazo, agravadas por fatores pontuais (como o fim dos pagamentos de precatórios) e os efeitos defasados da política monetária contracionista.


Por outro lado, as revisões das projeções de lucro do Ibovespa têm sido modestas até agora, como ilustramos no gráfico a seguir, que mostra a evolução histórica das estimativas de lucro do Ibovespa em pontos para cada ano. A maior ameaça viria de quedas acentuadas nos preços de commodities, especialmente petróleo.

Estamos no Outside, atentos às condições. Nosso posicionamento segue alerta às oportunidades, semelhante à estratégia de Medina nas ondas do Taiti: paciência e disciplina são essenciais para surfar as melhores oportunidades. Acreditamos que elas estão chegando.


Posicionamento

Dahlia Total Return: Diminuímos a exposição total da estratégia, reduzindo ações nos Estados Unidos, por conta de dados de atividade econômica mais fracos. No Brasil, trocamos parte da posição comprada em ações por uma exposição na moeda. Seguimos principalmente com posições ativas em ações no Brasil e EUA.


Dahlia Global Allocation: As movimentações foram semelhantes às do Total Return, reduzindo exposição em geral e zerando a posição comprada em dólar contra o real. Mantemos nossa visão positiva de longo prazo para os ativos americanos e mantemos posição comprada em ações americanas de bancos e de tecnologia.


Dahlia Ações: Seguimos 95% comprados em ações no Brasil, em linha com o mandato do fundo. Não fizemos grandes alterações na carteira e seguimos posicionados principalmente em bancos, utilities e cíclicos domésticos.


Agradecemos a leitura, a escuta e a confiança,

Equipe Dahlia


+55 11 4118-3147
















CRÉDITOS FINAIS:

Imagem: Grok

Gráfico 1: Bloomberg e Dahlia

Gráfico 2: Bloomberg e Dahlia

Gráfico 3: XP Investimentos

Gráfico 4: Bloomberg e Dahlia

Gráfico 5: Bloomberg e Dahlia

Comentários


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